No outro dia calhou-me esta frase no pacotinho da Nicola "Um dia deixo de pensar em ti e parto para outra. Hoje é o dia". Estava a jantar fora com duas amigas que me deitaram um olhar incisivo e disseram: "Vês? Hoje, Eva, hoje!!" e não pude evitar sentir um baque no estômago, uma dorzinha leve que se insinua no peito, aquele sentimento de derrota que se apodera de nós e nos diz: "It's ok to give up now".
Guardei o pacotinho. Trouxe-o para casa e dependurei-o ao pé de um mapa semanal que tanto rabisco. Pensei que se fosse lendo aos bocadinhos, aquele pacotinho, interiorizaria a mensagem mais facilmente. E menos dolorosamente. Um dia. Deixo. De pensar em ti. Ui! Hoje...
Há semanas atrás corria tudo sobre rodas. Mensagens, conversas, indirectas, convites, muitas iniciativas da tua parte. E os momentos a dois? Meiguices, ternuras, olhares, toques, aromas, mais aromas, mais toques e sei lá que mais.. De uma envolvência que ultrapassa o físico, ultrapassa a química, ultrapassa-te a ti e a mim e a nós. Não te sei descrever o que sinto por ti, mas sei dizer como me sinto quando estou contigo. E a falta que me fazes quando já não estás por perto. E quando não respondes às sms. E quando não tens iniciativas. E quando me dás respostas secas e ocas. E quando te escondes por entre meias palavras que só conversas agrestes e chorosas conseguem puxar para fora e esclarecer.
Corria tudo bem, tivémos umas horas mágicas que foram um momento auge.. Em menos de nada tornaste-te frio. Distante. Começaram as respostas frias e evasivas. Começaram as minhas dúvidas, o meu não querer acreditar, pois se até àquele momento estávamos em plena sintonia e a nossa relação era tão maior que nem cabia em letrinhas de mim, e todos os pequenos passos foram dados por ti, até os grandes passos, aqueles que eu não podia dar porque naquela altura não podíamos estar juntos, se os tinhas dado todos, que se teria passado? Horas de dúvidas, pensamentos, desabafos, aconselhamentos. Uma tortura. Até te confrontar. Custou horrores, mas tinha mesmo de te confrontar.
Dizes que tudo isto é casual, que é uma coisa de momento, que te recusas a fazer planos. God, és incapaz de me dizer se no dia seguinte à tarde vais ter tempo para estar comigo. É uma coisa tão simples, yet, és incapaz de te comprometer a esse nível. E uma coisa tão pequena. Dizes que é coisa espontânea, do momento, na onda de "eu estou só e apetece-me e se a ti te apetece também, óptimo! Se não der, fica para outra vez". Só que até agora estive sempre disponível. Sempre com vontade. Sempre com tempo. Vou ter de deixar de estar. Vais ter de sentir o que é desejares-me e não me poderes ter. E vou ter de aguentar firme, imaginando-te a desejares-me, ou a ignorares-me, durante minutos intermináveis em que vou saber que estavas disponível, com vontade de estar comigo, e fui eu quem não aceitou. Vou roer-me toda de imaginar que nesse momento poderias estar a abraçar-te...
Estiveste muito tempo com uma pessoa. Eras feliz. Tinhas planos. Explicas-me que é por causa disso que agora te recusas a fazê-los. Até com amigos. Até a visualização de jogos de futebol só combinas no próprio dia. Sobre esse grande primeiro amor não me contas mais do que isto e recusas-te a deixar-me perguntar mais sobre o assunto. Não pergunto. Nem sei se quero saber. Apenas quero compreender as barreiras que construiste à tua volta e como e quando e se algum dia serão deitadas ao chão.
Até porque te esqueces de que eu não sou como ela. E de que tu já não és a mesma pessoa. E de que eu não tenho o poder de te magoar como ela tinha, que te conhecia tão bem. E esqueces-te de que eu, que estou aqui, agora, a querer conhecer-te, por gostar de ti, não te pretendo magoar... Pelo contrário, pretendo conhecer-te para te cativar, para saber "what makes you tick", para saber como te mostrar que eu sou quem tu mais desejas.. Quem deve estar a teu lado...
Dizes que não te consegues dar mais a conhecer. Nesta fase. E fazes questão em ressalvar que é apenas uma fase. Mas depois da relação de tiveste essa fase ainda vai durar anos. Se o teu luto durar metade da duração de uma relação, como os meus, estamos a falar em.. cinco vezes quatro noves fora.. Muito tempo. Mesmo.
A meio de uma conversa destas "chatas", mais difíceis, confrontei-te. Afinal o que quererias de mim? Não terias necessidade nenhuma de aturar conversas assim, penosas, nem mal-entendidos.. Admitiste não o saber. "Eu quero qualquer coisa. Claro que quero. Mas não sei o que é".
Guardei o pacotinho. Trouxe-o para casa e dependurei-o ao pé de um mapa semanal que tanto rabisco. Pensei que se fosse lendo aos bocadinhos, aquele pacotinho, interiorizaria a mensagem mais facilmente. E menos dolorosamente. Um dia. Deixo. De pensar em ti. Ui! Hoje...
Há semanas atrás corria tudo sobre rodas. Mensagens, conversas, indirectas, convites, muitas iniciativas da tua parte. E os momentos a dois? Meiguices, ternuras, olhares, toques, aromas, mais aromas, mais toques e sei lá que mais.. De uma envolvência que ultrapassa o físico, ultrapassa a química, ultrapassa-te a ti e a mim e a nós. Não te sei descrever o que sinto por ti, mas sei dizer como me sinto quando estou contigo. E a falta que me fazes quando já não estás por perto. E quando não respondes às sms. E quando não tens iniciativas. E quando me dás respostas secas e ocas. E quando te escondes por entre meias palavras que só conversas agrestes e chorosas conseguem puxar para fora e esclarecer.
Corria tudo bem, tivémos umas horas mágicas que foram um momento auge.. Em menos de nada tornaste-te frio. Distante. Começaram as respostas frias e evasivas. Começaram as minhas dúvidas, o meu não querer acreditar, pois se até àquele momento estávamos em plena sintonia e a nossa relação era tão maior que nem cabia em letrinhas de mim, e todos os pequenos passos foram dados por ti, até os grandes passos, aqueles que eu não podia dar porque naquela altura não podíamos estar juntos, se os tinhas dado todos, que se teria passado? Horas de dúvidas, pensamentos, desabafos, aconselhamentos. Uma tortura. Até te confrontar. Custou horrores, mas tinha mesmo de te confrontar.
Dizes que tudo isto é casual, que é uma coisa de momento, que te recusas a fazer planos. God, és incapaz de me dizer se no dia seguinte à tarde vais ter tempo para estar comigo. É uma coisa tão simples, yet, és incapaz de te comprometer a esse nível. E uma coisa tão pequena. Dizes que é coisa espontânea, do momento, na onda de "eu estou só e apetece-me e se a ti te apetece também, óptimo! Se não der, fica para outra vez". Só que até agora estive sempre disponível. Sempre com vontade. Sempre com tempo. Vou ter de deixar de estar. Vais ter de sentir o que é desejares-me e não me poderes ter. E vou ter de aguentar firme, imaginando-te a desejares-me, ou a ignorares-me, durante minutos intermináveis em que vou saber que estavas disponível, com vontade de estar comigo, e fui eu quem não aceitou. Vou roer-me toda de imaginar que nesse momento poderias estar a abraçar-te...
Estiveste muito tempo com uma pessoa. Eras feliz. Tinhas planos. Explicas-me que é por causa disso que agora te recusas a fazê-los. Até com amigos. Até a visualização de jogos de futebol só combinas no próprio dia. Sobre esse grande primeiro amor não me contas mais do que isto e recusas-te a deixar-me perguntar mais sobre o assunto. Não pergunto. Nem sei se quero saber. Apenas quero compreender as barreiras que construiste à tua volta e como e quando e se algum dia serão deitadas ao chão.
Até porque te esqueces de que eu não sou como ela. E de que tu já não és a mesma pessoa. E de que eu não tenho o poder de te magoar como ela tinha, que te conhecia tão bem. E esqueces-te de que eu, que estou aqui, agora, a querer conhecer-te, por gostar de ti, não te pretendo magoar... Pelo contrário, pretendo conhecer-te para te cativar, para saber "what makes you tick", para saber como te mostrar que eu sou quem tu mais desejas.. Quem deve estar a teu lado...
Dizes que não te consegues dar mais a conhecer. Nesta fase. E fazes questão em ressalvar que é apenas uma fase. Mas depois da relação de tiveste essa fase ainda vai durar anos. Se o teu luto durar metade da duração de uma relação, como os meus, estamos a falar em.. cinco vezes quatro noves fora.. Muito tempo. Mesmo.
A meio de uma conversa destas "chatas", mais difíceis, confrontei-te. Afinal o que quererias de mim? Não terias necessidade nenhuma de aturar conversas assim, penosas, nem mal-entendidos.. Admitiste não o saber. "Eu quero qualquer coisa. Claro que quero. Mas não sei o que é".
1 comment:
"O que queres de mim?" "Não sei. Algo entre o tudo e o nada."
"Deixa-me tentar." "Não vamos por aí."
"Porquê?" "Porque eu ando à procura de substituta para a MJ e tu, claramente, não a substituis." "Claro que não, nem eu, nem ninguém. E nem eu, nem ninguém, quererá ser a substituta..."
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