Música lamecha... Boy meets girl, they fall in love… Um amor impossível, improvável, impraticável, mas ainda assim aquele amor com que todas sonhamos desde que neste mundo estamos.. Até o mais forte feminismo não consegue negar esta esperança tão comum ao ser feminino, esta herança que se obteve de mães, avós, primas, tias, madrinhas, das Brancas de Neve dos livros da nossa infância, das Barbies com que brincamos e das Marianas da televisão...
Aquele amor que vive do que não foi dito e não ficou por dizer.. Feito de momentos e magia, de química e ambiente, de velas e poemas, de perfumes e odores, de sons e cores... de... de... aquele amor que existe por si só e em si se encerra e se alimenta, que cresce e se desenvolve à sombra de um momento que há de vir.... aquele olhar, aquele movimento, aquele sorrir... a linguagem corporal como veículo de transporte até um objectivo apenas...
Possivelmente um amor carnal, hormonal, apaixonante, de entrega, volúpia, energia e poder.. de subjugar e ser subjugado, de vencer e deixar-se ser vencido...um jogo de interesses, um comércio de pseudo-emoções vividas intensamente e momentos depois desvanecidas... de promessas perdidas no ar... uma história que passa a ser muito nossa, um segredo, um doce, uma recordação...
Ou um amor verdadeiro, quente, meigo, calmo, sereno, tão puro de quase virginal... um dar que é mais que receber, um sonhar a dois, uma alma em dois corpos... será?? Será possível viver algo belo assim, após coleccionar erros e decepções?.. Felizes os que souberam preservar o amor da juventude, duma altura em que ainda éramos puros de espírito e sonhar era mais importante que viver...
E agora... agora que me sinto só, que escolhi estar só... Que busco eu? Por entre o que vou vivendo, por entre os momentos em que sigo o lema Carpe Diem... Que espero encontrar? Certamente a magia de um olhar, um entendimento especial.. Aquele serpentear dos ombros que me há de guiar.. O criar de uma linguagem nova, sem receios nem tabus... sem limites nem pressões... sem ilusões... viver no presente.. registá-lo para o melhor recordar... um affair, um reunir de momentos... um desprender dos clichés e das regras que impusemos a nós próprios...
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